segunda-feira, 29 de abril de 2013

Ministro do STJ elogia os avanços no tratamento de questões ambientais pelo Judiciário



Foto: Da tribuna do Senado, no encerramento do colóquio internacional sobre o futuro da Rio+20, o ministro do STJ Herman Benjamin disse que os documentos internacionais sobre meio ambiente podem e devem ser usados pelos juízes, em conjunto com o direito nacional.


Idealizador do Colóquio Internacional "Rio+20 e a Biodiversidade: Avaliando o Futuro que Queremos", realizado em Brasília, coube ao ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Herman Benjamin encerrar o ciclo de palestras do maior evento sobre biodiversidade depois da Conferência Rio+20.

Coube a ele também homenagear, da tribuna do Senado, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, que deixa a secretaria-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores para servir nas Nações Unidas.

Herman Benjamin afirmou que é sempre bom fazer eventos para discutir em profundidade temas importantes para o Brasil, mas é ainda mais importante quando essa discussão envolve temáticas que afetam o planeta como um todo: “E quando nós falamos de proteção à biodiversidade, é exatamente disso que estamos cuidando. Não estamos cuidando apenas de nós, o que já seria muito, mas estamos cuidando da sustentabilidade do planeta”.

Ao discorrer sobre as implicações jurídicas nacionais e internacionais contidas no documento final da Rio+20, O Futuro que Queremos, o ministro ressaltou que os textos acordados entre as nações podem e devem ser aplicados pelos juízes em conjunto com o direito nacional.

“Cada vez mais se desenvolve, sobretudo no Judiciário brasileiro, a noção de que nenhum texto internacional pode ser considerado apenas um pedaço de papel ou algo irrelevante. Ou seja, o juiz pode e deve agregar os princípios jurídicos, direitos e obrigações expostos nos textos internacionais à normativa nacional de cunho constitucional e infraconstitucional”, disse.

Segundo estudo realizado pelo próprio ministro, as Declarações do Rio e de Estocolmo são mais citadas pelos magistrados brasileiros, em todas as instâncias, do que vários artigos da legislação nacional. “Isso é extraordinário pois mostra que, embora esses textos não sejam exatamente vinculantes, o juiz brasileiro está atento a esse ‘diálogo das fontes’ e conciliando os textos internos aos textos normativos internacionais”, comentou.

Como exemplo prático, Herman Benjamin citou precedentes do STJ que aplicou diretamente a Convenção do Patrimônio da Humanidade para derrubar autorizações concedidas pelo governo do Distrito Federal, proibir a instalação de grades nos pilotis dos prédios da cidade e garantir a proteção do Plano Piloto de Brasília como patrimônio da humanidade. Segundo o ministro, essa prática é bem-vinda e consolida a importância do Judiciário na promoção do estado de direito para as gerações futuras.


Homenagem

Na homenagem ao embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, o ministro Herman Benjamin definiu-o como uma das figuras mais extraordinárias da diplomacia brasileira e cuja história se confunde com os pontos mais elevados da nossa diplomacia ambiental nos últimos 20 anos.

Segundo o ministro, a carreira e a história de Figueiredo Machado estão diretamente relacionadas ao momento de transformação do Brasil no campo ambiental, quando o país deixou de ser o telhado de vidro do mundo (antes de 1992), para se transformar em vitrine da agenda ambiental internacional. “Caminhamos pelo esforço coletivo de todo o país, mas, sobretudo, pela excelência de homens públicos como o embaixador Figueiredo”, enfatizou.

O ministro também ressaltou a competência de Figueiredo Machado ao negociar com o mundo em nome do Brasil e das gerações futuras. “Tenho certeza de que as portas da missão do Brasil nas Nações Unidas estarão permanentemente abertas para a temática da biodiversidade e da sustentabilidade planetária”, acrescentou.

Herman Benjamin também fez questão de homenagear o ex-deputado Fabio Feldmann, a quem definiu como um dos maiores parlamentares da história brasileira, completamente compromissado com a questão da proteção das gerações futuras. “Ele foi capaz de identificar, na oportunidade de uma nova Constituição, a necessidade de incluir um capítulo extremamente detalhado sobre a proteção do meio ambiente e a vinculação do direito de propriedade a uma função ecológica”, afirmou o ministro.


Fonte: Superior Tribunal de Justiça.



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Exposição: 'O Direito Ambiental nas fontes históricas do Poder Judiciário'


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A história do Direito Ambiental no País pode ser conhecida através da exposição "O Direito Ambiental nas fontes históricas do Poder Judiciário". A mostra continua em cartaze é promovida pelo Museu da Justiça do Rio. A preocupação com as questões ambientais do estado, já percebidas desde a época da Colônia, é apresentada de forma simples e didática por educadores da instituição. A exposição pode ser vista individualmente ou em grupos, de até 40 pessoas por sessão, que participarem das visitas guiadas ao Antigo Palácio da Justiça. Os eventos são gratuitos. A exposição já recebeu, de junho de 2012 a março deste ano, mais de 1.700 visitantes.


EXPOSIÇÃO DIREITO AMBIENTAL

Em funcionamento de segunda à sexta, das 11h às 17h, a exposição fica no Salão dos Espelhos, no 3º andar do Antigo Palácio da Justiça. Textos, imagens e documentos estão divididos em quatro núcleos: os primeiros críticos ambientais no País; a floresta da Tijuca; a destruição da cidade de São João Marcos devido à construção da represa de Ribeirão das Lajes; e as primeiras normas de limpeza urbana e saneamento. Os visitantes têm acesso, também, a um pouco da antiga legislação e a processos históricos, como o Decreto Imperial nº 577, de 1861, que permitiu o reflorestamento do maciço da Tijuca.


VISITAS GUIADAS

Feitas por educadores do Museu da Justiça, que interagem com o público, as visitas guiadas duram cerca de 60 minutos e podem ser feitas às terças (14h) e quartas (11h e 14h). Durante o passeio, os visitantes parecem fazer uma viagem no tempo, conhecendo a história da Justiça fluminense e da Casa que já foi sede do Judiciário estadual.

A visitação começa no "hall" de entrada, percorre o Salão Nobre, o Salão dos Espelhos (onde está a mostra sobre Direito Ambiental), o Plenário da Corte do antigo Tribunal, a Sala de Sessões de Câmara Isolada, o "Salão dos Passos Perdidos" e o Tribunal do Júri, que funcionou até 2009.

As inscrições para os passeios guiados pelo Museu da Justiça podem ser feitas pelos telefones (021) 3133-3532/3497 ou pelo e-mail ( seexp@tjrj.jus.br ).

As visitas e a exposição sobre Direito Ambiental são atividades administradas pelo Museu da Justiça/DEGEM do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O Museu da Justiça fica na Rua Dom Manuel, 29, 3º andar, Centro, Rio de Janeiro (Antigo Palácio da Justiça).


Fonte: Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Tópico elaborado por Marcelo Gil.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Ministério Público do Estado do Amapá realiza o 'II Encontro Internacional de Direito Ambiental - EIDAM' em Macapá





O Ministério Público Estadual e a Associação de Membros do Ministério Público do Estado do Amapá realizam o II Encontro Internacional de Direito Ambiental – EIDAM, em Macapá. Com o tema “Lei de Crimes Ambientais – Uma Avaliação Estratégica”, o evento acontece nos dias 09, 10 e 11 de maio de 2013, no auditório do Centro de Ensino Superior do Amapá – CEAP.

A Procuradora-Geral de Justiça, Ivana Lúcia Franco Cei, explicou que o evento objetiva estabelecer um intercâmbio de experiências na área ambiental, promovendo uma discussão sobre a nova Lei de Crimes Ambientais. “Vamos proporcionar um debate entre autoridades, advogados e estudantes sobre o direito ambiental a nível local e internacional”, conclui.

O Encontro contará com a participação do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Estão confirmadas, ainda, as presenças de outras autoridades nacionais e internacionais, com representantes de países como Argentina, México, Moçambique, El Salvador, Peru, entre outros.

“Este é o segundo Encontro que o Ministério Público realiza no Amapá. Queremos mostrar o valor que a Amazônia possui para o mundo todo, com a participação dos principais representantes das instituições ambientais, o que impulsionará a discussão sobre a nova Lei de Crimes Ambientais”, finaliza a PGJ, Ivana Cei.

Site oficial

O II Encontro Internacional de Direito Ambiental terá um site oficial do evento, com informações sobre as inscrições, programação, palestrantes, além de esclarecimentos referentes à atuação do Ministério Público do Estado do Amapá no contexto socioambiental do espaço amazônico.


Fonte: Ministério Público do Estado do Amapá.